sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cadê o Equilíbrio?

A sociedade hoje está de olho nas coisas mais estranhas que acontecem no mundo. Essa mesma sociedade reclama dos governantes, oras por fazerem alguma coisa, oras por não fazerem absolutamente nada.

Antigas religiões diziam que tudo tem dois lados, sendo um o bom e outro o ruim, o masculino e o feminino, o belo e o feio, bem e mal. E tudo isso vivia numa balança equilibrada, nunca tinha mal,que o bem não fosse suficiente para destruir ou acalmar.
As pessoas hoje vendo a violência como está realmente alta, se perguntam onde está o equilíbrio? Porque não o ver hoje em dia? Porque tantas catástrofes estão acontecendo? Será o fim do mundo? Chegou o dia do Juízo final? será o Apocalipse?
Pode-se achar que ainda não. O fim do mundo como muitos acreditam estar descrito na bíblia Sagrada, não se está nem perto disso. Não é a hora ainda do grande Juízo Final, nem mesmo do apocalipse.

Mas numa coisa muitos estão certos, parece que se vive em uma sociedade desequilibrada, e a balança parece estar pesando mais pro lado do caos e da desordem, do que do lado da ordem.

Não se pode dizer que as vezes o mundo não precise de um pouco de caos e de desordem, mas a ordem também é necessária, porque senão esse mundo vai acabar virando anarquia no sentido mais pejorativo da palavra.

E isso é algo que ninguém aqui quer.

Botar a ordem no mundo não é fácil nem tão pouco rápido, mas é preciso.
Ter esperança que casos como o da violência no Rio de janeiro, e contra os moradores de rua, sirvam de exemplo e de lição, para que se possa abrir os olhos para a verdade, o mundo precisa de ter mais compaixão, fé, esperança, sentimentos bons e positivos, pois só assim que a situação vai mudar.

É difícil dizer quando isso vai ter fim, tão pouco, quando poderá ver a paz no mundo,
mas é fácil saber como isso pode acontecer, como diria John Lennon "Imagine todos os povos vivendo a vida em paz".

Só assim o equilíbrio renascerá, e a balança novamente será controlada pela força do amor.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Marcelino

Eu estava me despindo, me preparando para tomar banho, já estava nu, quando resolvi afeitar a barba, antes de me banhar. Após isso o telefone tocou, era a minha amada mãe, trazendo a triste notícia do falecimento de meu pai, disse para ela que tomaria banho e iria até lá.
Coloquei o meu melhor terno, afinal seria o meu último momento na presença daquele que tanto me amou.
Fiquei lá no cemitério consolando minha mãe, fazendo-a se sentir bem, dizendo que onde ele estivesse estaria bem, e que ele não iria gostar de vê-la triste, e que ela teria que começar uma nova vida.
O velório e o enterro passaram, cheguei em casa e dormi, no dia seguinte fui ver como minha mãe estava, e recebi dela uma carta escrita por meu pai antes de morrer nessa carta ele dizia:

“Meu filho Marcelino, você foi o único filho que eu tive e o único que eu amei entenda uma coisa, sei que naquele dia em que você partiu era seu dia de partir, mas meu coração ainda não tinha aceitado muito bem essa idéia, reconheço, senti muito sua falta, sei que você sentirá muito mais a minha falta do que eu sentirei a sua.
Prometa-me que quando tiver um filho, seja menino ou menina, você será cuidadoso com as palavras, porque eu me arrependo de não poder em vida ter te pedido perdão.
Choro até hoje sei que a doença que eu tive e que está me matando aos poucos foi por ter guardado rancor.
Peço que você me perdoe, e perdoe a si mesmo por todos os seus erros.
Se você estiver lendo esta carta e eu já não estiver vivo, imagine apenas que estou te envolvendo em meus braços e te protegendo.

Obrigado,
Dennis.”


Eu chorei muitas lágrimas ao ler a carta tão sentida de meu pai que acabei me relembrando exatamente como tudo aconteceu.
Era uma tarde de verão, eu estava em casa assistindo a tevê, e meu pai me fazendo companhia, como ele sempre fez, desde pequeno. Naquele dia eu já estava com vinte e quatro anos, tinha acabado de concluir o curso universitário de jornalismo, havia enviado muitos currículos para diversos jornais e emissoras de tv, para que eles pudessem me contratar.
Meu pai era muito radical com algumas atitudes, mesmo ele tendo se formado em comunicação social também, ele nunca pensou em ter um parceiro, mas também quando ele fez tudo era novidade, e agora o mercado aparentava estar saturado, mas eu via novos mercados que meu pai não enxergava. E a discussão começou aí:

- Mas meu filho esse mercado já está muito cheio de profissionais muito bem qualificados, como você fará para trabalhar, ainda mais como jornalista?
- Paizinho, o senhor pode até ter um pouco de razão se estivermos falando das mídias tradicionais, mas temos também as mídias novas, que vem junto como uma grande evolução da Internet.
- Pode até ser meu filho que você tenha razão, mas você tem certeza que está realmente preparado.
- Acredito que sim.
- Continue assim e verá que nem tudo são flores.
- gostaria que você não estivesse aqui, e que você não trabalhasse nessa área, porque você não faz um concurso?
- Concurso pai, não sei se é o que eu quero, sei que a estabilidade que eles proporcionam é muito boa, mas o estresse também é muito grande, não quero isso pra mim.
- Você acha que as novas mídias vão te ajudar? De que forma?
- Claro que sim pai, todas as mídias novas são maravilhosas e eu estudei, acredito que será ótima ajuda. Pai vou montar uma agência de noticias que vai juntar uns quinhentos blogs em um único lugar, um portal de notícias, e eu já tenho até o nome e o local.
- Você sabe que eu não concordo com isso, não acho nada seguro que você monte seu próprio negócio, e os impostos como fará para pagar?
- Papai o senhor acha que eu vou abrir isso sozinho, não eu tenho ao todo vinte amigos que vão fazer tudo comigo, quanto aos impostos estamos realizando os cálculos, não vamos dever nada ao fisco.
- Mesmo assim meu amado filho, não acho seguro, preferiria se você estivesse com outra profissão em outro lugar, em outro momento.
- Pai assim não dá, parece que você não acredita no filho que tem. Eu vou acabar saindo de casa, parece que você não dá valor a minha presença, porque isso pai?
- Não é assim meu filho, só que eu não gosto de você trabalhando na mesma área que a minha, como se fosse fácil, mais coisa não é nada fácil, é muito difícil, não quero que você saia, mais se esse for seu desejo, a porta está destrancada é só usar, abrir e sair.
E eu acabei fazendo isso, arrumei minhas coisas sai pela porta e nunca mais vi meu pai desde aquele dia.
Minha mãe tentava anualmente fazer uma reunião entre nós, mas eu acabava dando uma desculpa e nunca mais vi meu pai.
Só fui vê-lo agora depois de enterrado.
E ainda recebi uma carta dele, hoje choro, porque entendi que ambos naquele dia estávamos de cabeça quente, acho que hoje eu não teria feito tamanha discussão.
Mas hoje eu estou bem sucedido, acho que meu pai teria orgulho.
Sou honesto e tenho pagado todos os impostos.
Ainda estou solteiro. Mas um dia eu me caso e terei muitos filhos e um deles ainda terá o nome de meu honorável pai.

Dennis & Eliza

A mulher desapertava a roupa, despia-se cantando e eu me conservava distante encabulado, tentando desamarrar o cordão do sapato, que tinha dado um nó. Não podia descalçar-me e olhava estupidamente um despertador que trabalhava muito depressa. Os ponteiros avançavam e o laço do sapato não queria desatar-se.
Ela já se encontrava totalmente já totalmente nua e eu não conseguia desatar aquele nó, tal situação me fez lembrar de como nos conhecemos - foi num embaraço! Eu acabava de entrar na faculdade na qual lutei pra passar e ela também. Iríamos ser colegas de classe – só tinha um problema ela não falava com ninguém, jurei mudar o seu comportamento. Comecei com um “oizinho” básico; uma semana depois já conversávamos alguns assuntos, sem nunca falar em amor.
Até que um dia Eliza me convidou para ir jantar com a sua família; tive receio, mas aceitei. O jantar até que foi agradável, os pais dela foram legais comigo e até me agradeceram por ter aceito o convite.
Foi então que me contaram o porquê dela não querer falar com ninguém e saibam que o fato não me agradou nem um pouco mas...
Se é assim que a vida queria assim seria. O tempo passou de forma triunfal, Eliza e eu já nos conhecíamos muito bem, estávamos no segundo ano de faculdade, a felicidade era plena, não havia quem interferisse nela, e isto já me deixava feliz; tudo o que ela fazia eu fazia e vice-versa, vivíamos um em função do outro – e é assim até hoje – sentia que o nosso amor estava predestinado a ser eterno.
Passados alguns anos resolvemos nos casar; eu dei as alianças, meu pai a festa e o pai dela a lua-de-mel.
Resolvi, em suma, falar para ela que a nossa primeira noite ia pro brejo, tudo isso por causa de um nó no sapato e ela com todo aquele sorriso meigo chegou e desatou o nó com a maior facilidade, Então era eu quem começava a me despir, ficando totalmente nu, ia para a nossa primeira noite de amor quando o telefone tocou, atendi dizendo:
- Alô!
- Alô!
- Dennis, aqui é o seu sogro.
- E aí sogrão! Tudo bem?
- Tudo e como vão vocês?
- conosco tudo bem. Mas porque ligou?
- Liguei para dizer que vocês têm vinte e quatro horas para curtir a lua-de-mel.
- Tudo bem... Então... Tchau!
E então ela me perguntou:
- Era o meu pai?
- Era.
- E o que ele te falou que te desanimou?
- Um dia e apenas um dia de lua-de-mel.
- Então vamos curtir aproveitar.
E foi pensando nela, que havia mudado de uma menina recatada para uma mulher sensual e foi por ela que consumei meu casamento em um dia. Nove meses depois, tinha em minhas mãos um varão que chamei de Marcelino e eu que achava que o meu amor seria eterno, tinha agora mais uma razão. Eduquei-o mais que eu pude, até o dia em que ele escolheu seu rumo e eu nunca mais o vi, pois assim que ele saiu, eu morri, escrevi uma carta para lhe entregarem, só não sei se foi entregue. Depois que eu morri Elizinha se entristeceu, e não havia quem a consolasse, mas ela jurou seguir um rumo, tentar ser feliz de novo, ela me disse que seria difícil, mas iria tentar.

Indicação de Livro para quem gosta de Espirítismo

Acabei de ler um livro entitulado: "Sexo e Destino" psicografado por dois médiuns sendo um deles Chico Xavier e o outro Waldo Vieira.

Conta a história de duas familias, sendo ambas de classe média residentes no Rio de Janeiro, e os percalços que essas familias tiveram para enfrentar e cumprir os seus destinos.

É um livro muito bonito, muito interessante.

Quem quiser pode lê-lo.

Abraços!!!